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Meia Dúzia de Palavras

Meia Dúzia de Palavras

Saudade de ser criança (ou não?)

Há 14 anos atrás: Sou criança. Onde está a minha liberdade? 

 

Há 6 anos atrás: Ser adulto é fixe. Ser adulto é muito fixe. Ser adulto é, realmente, estupendo. Quando é que chega a hora de ser adulto? RÁPIDO SFF!!!!

 

Há 4 anos atrás: Eu já sou uma adulta. Vou para a faculdade sozinha, tenho dinheiro para comprar o passe, arranjo até uns trocos para tirar um café no intervalo das aulas, saio com os amigos, tenho namorado. Tenho uma vida. Serei já adulta? (ninguém me avisou)

 

Há uns meses atrás: Ser criança é fixe. Ser criança é muito fixe. Ser criança é, realmente, estupendo.

 

Sempre li naqueles livros e frases feitas que encontramos na Internet que desejamos aquilo que não temos. Quando somos crianças/adolescentes desejamos a independência, o controlo total da nossa vida, a liberdade... sem nos apercebermos que temos tudo isso nas nossas mãos desde o momento que damos os primeiros passos em direção ao resto da nossa vida. 

Hoje sou educadora de infância. Amanhã não sei. Sei que trabalho com criança e que elas trabalham comigo. Sinto-me orgulhosa porque sei que elas são livres, porque sei que elas são felizes ao serem crianças. Sei que se sentem felizes por ser sentarem no chão e, com aquele olhar de desafio, me convidarem para entrar no mundo delas: Vem bricnar comigo!

 

Agora: Ser adulto é fixe. Ser um adulto que trabalha com criança é ainda mais fixe. Descomplica-nos. Alerta-nos. Leva-nos a viver a vida num equilíbrio entre a responsabilidade de sermos adultos e a inocência franca de ainda termos em nós um pouco de criança.

 

-- Mei dúzia de palavras --

Gefirofobia (medo de atravessar pontes). Será?

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Desde há cerca de 6 anos que todos os dias passo pela ponte 25 de Abril, quer seja de carro, quer de comboio. Sempre tive a mania, chamaria mesmo paranóia daqueles intermináveis 3 minutos pensar em todas as pessoas que amo. Parece uma daquelas cenas dos filmes em que vemos os flash da nossa vida não?

Anyway... a verdade é que me passa sempre pela cabeça que por alma e graça do espírito santo a ponte, sei lá, pode dar de si e lá vai tudo por aí abaixo. Uma cena apocalitica na minha mente, portanto.

Pelo sim pelo não continuo com este vício e uma vez ou outra lá mando mensagem aos meus favoritos: "só para te lembrar que gosto muito de ti" (nunca fiando)

 

 

O QUÊ? Hoje é o dia do chocolate?

Facto: Amante de chocolate

Facto não menos importante: Alérgica a chocolate

 

AVISO: O que é que este post acrescenta à vossa cultura geral? Nada!

 

Há-lo de todas as formas e feitios (thank god!)

Levemente banhado a chocolate de leite, branco ou negro...(e muitas mais porcarias que inventam para aí, de oreo, kit kat, tuc, blá blá)

Com ou sem recheio...

Com formatos extremamente apelativos (que sinceramente ainda não percebi para que é que existem)...

 

Momento de reflexão profunda: Quem o inventou? Não sei. Podia abrir aqui um separador e embrenhar-me nesta pesquisa? Podia. Mas não vai acontecer, dias especiais são para serem comemorados certo?

Siga para a chocolaterie mais próxima :*

Uma espécie de mundo em que elas resistem

Elas têm a capacidade de te dar o Céu e aquilo que existe para lá disso. Dão-te tudo da mesma forma que to tiram. Tu amas-as e adora-as mesmo sem as conheceres, basta eu te dizer como se chamam. Sim, são elas, aquelas que te enchem o coração de sentimentos que tu nem sabias que existiam. São emoções, momentos capturados por uma filmagem, palavras, sorrisos e choros, sim, não te iludas, são muitos choros. Compensam? Talvez sim, possivelmente não… quem pode ter a certeza? Tu tens? Parabéns. Eu não, não tenho a certeza de nada, até porque nem idade tenho para certezas, é o que me dizem aqueles que se enchem delas.

Enfim, voltemos aquilo que tu achas que é perfeito. Elas. Estás num banco de jardim e vês uma delas a passar. Sorris e nem sabes porquê. Vês uma fotografia de uma delas ou até de duas, não as conheces e elas não te podem ver. Mas sorris, até prolongas o sorriso porque afinal são duas. Quando elas são tuas és capaz de ficar horas e horas a olhar para elas, mas quando são elas a querer olhar para ti não tens paciência, achas uma intromissão na tua privacidade. Pois é, às vezes esquecemo-nos de que só nós é que temos privacidade, elas não. Gostas de falar com elas não gostas? Mas falas realmente? Ouves o que elas te dizem ou ouves-te a ti? Ris-te do que elas dizem porque são tão engraçadas, mas já pensaste que nem tudo o que elas dizem é hilariante. Sei que nós e elas não falamos a mesma língua, não… a delas é muito mais perfeita, sem hipocrisias ou falsas modéstias, mas faz um esforço, tenta acompanhá-las. Faz o que tantos gostam de dizer e “baixa-te ao nível delas” ou se preferires “tenta acompanhá-las”.

Ainda dizes que são perfeitas e ages como se fossem menos do que tu? Então senta-te com elas e pergunta-lhes o que acham do mundo, mas tens que estar preparado para as respostas que te dão. Como é que se está preparado perguntas-me tu… como te disse não tenho idade para certezas, mas acho que basta não te rires. Não te rires por não ser uma explicação científica ou politica, não te rires por ela falar de uma forma engraçada (e acredita, eu sei que é difícil resistir), não te rires porque ela acertou em cheio naquilo que tu pensas e não consegues dizer. E prepara-te, porque vai chegar a altura em que vão ser elas a procurar-te, aliás elas nunca o deixarão de fazer, mesmo quando se tornarem um de nós. É um trabalho que nunca acaba, uma profissão sem curso, um diploma de coração.

Quem são elas? As crianças. As tuas, as do mundo, aquelas tais que passam de mão dada com os pais e para as quais sorris, aquelas que sorriem quando o teu sorriso foi o primeiro que conheceram e não te esqueças, são aquelas que dizes que são perfeitas e tratas de uma forma estupidamente imperfeita.